Homem quer mudar de sobrenome após ser preso por engano em Ji-Paraná

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a-sergioSergio Ruiz Valencia, de 42 anos, passou cinco dias preso por engano no Presídio Central de Ji-Paraná.

Sergio foi parar atrás das grades após o irmão mais velho furtar os documentos e os usar para praticar estelionatos no sul do país. Após o equivoco, o produtor rural pretende alterar seu sobrenome.

“Foi muito constrangedor, eu nunca nem visitei alguém na delegacia e de repente me vi na cadeia. Pedi para minha família que pegasse minha documentação, mas que ninguém fosse me visitar. Espero não passar por isso nunca mais”, contou.

O irmão de Sergio foi condenado por praticar diversos golpes usando a identidade do irmão mais novo. Ele foi preso no município de Jaguarão (RS) e registrado no sistema prisional com o nome de Sergio.

“Ele estava preso no Rio Grande do Sul e não retornou após um indulto, aí quando eu fui parado pela polícia fiquei sabendo que eu estava foragido. Foi um susto e não entendi o que estava acontecendo”, relata Sergio, que foi preso no dia 1º de setembro e ficou detido por cinco dias no Presídio Central.

Sergio conta que há 30 anos seu irmão mais velho veio a Rondônia buscar uma maleta com documentos pessoais de seu pai. Dentro da maleta estava a certidão de nascimento do produtor rural. O irmão de Sergio então usou a certidão para emitir uma série de documentos usando seu nome.

“Eu só o vi uma vez na vida, quando tinha 12 anos. Ele veio aqui buscar uns documentos, mas levou minha certidão e tirou os documentos com o meu nome. Ele casou usando meu nome e até registrou três filhos”, conta.

Mudança de nome
Ruan Castro, advogado da vítima, conta que Sergio moverá uma ação pedindo a alteração de seu sobrenome e a baixa nos documentos existentes em seu nome.

“É uma história complicada. Sergio foi registrado no nome da madrasta, que é a mãe do acusado. Então vamos pedir o reconhecimento de maternidade de sua mãe biológica e acrescentar o sobrenome dela. Em seguida, dar baixa na documentação existente, para que ele não passe mais pelos constrangimentos gerados por essa situação”, conta Ruan.

Com informações do G1-RO

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