Nesta quarta-feira, 21, agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Paço Municipal em cumprimento de mandados de busca e apreensão.
O alvo da batida foi a CPL do Município de Cerejeiras e o próprio presidente da comissão de licitações.
Ao Extra de Rondônia, o delegado Tiago Gaiga explicou que as investigações giram em torno de convênio entre o Município e o Ministério da Saúde, com valor superior a R$ 420 mil.
O inquérito foi aberto em junho do ano passado, mas só agora foi revelado. As investigações da PF apontam que houve fraude na licitação, da qual participaram as empresas João de Barro, que venceu a disputa, e outra denominada Pascutti.
No entanto, a documentação apreendida pela Federal indica que ambas propostas podem ter sido feitas por uma mesma pessoa, pois as planilhas são muito semelhantes e há laudos que foram assinados pelos mesmos técnicos.
A obra a ser executada era a construção de um laboratório nas dependências do Hospital São Lucas, no entanto o valor da proposta vencedora tornava o empreendimento inexequível sem um contrato aditivo. O valor do convênio é de exatos R$ 428,621,00.
O delegado Tiago afirmou que vários funcionários da prefeitura, além de pelo menos um integrante do Poder Legislativo, forma ouvidos nas diligências referentes ao inquérito. A oitiva do engenheiro Kleyson Orlando, que teria aprovado a proposta da João de Barro através de parecer técnico foi decisiva para a ação desta quarta-feira.
O engenheiro garantiu que seu parecer foi falsificado, mostrando o documento original que alegou ter encaminhado a prefeitura, desaprovando a obra.
Em virtude disso, a Polícia Federal requereu à Justiça a busca e apreensão de computadores e documentos na sede da Comissão Permanente de Licitações e junto ao presidente da mesma, Addo José Prado, ação que aconteceu nesta quarta-feira.
As investigações prosseguem, e os responsáveis pelas duas empresas que participaram do certame também serão intimados a depor.
Fonte: Extra de Rondônia