Uma declaração do ministro do STF, Gilmar Mendes, que também preside o TSE, a quem caberá julgar o recurso contra o deferimento da candidatura da ex primeira-dama Rosani Donadon (PMDB), mostra que a vilhenense tem boas chances de vitória na última instância da Justiça Eleitoral.
Disse Mendes, em entrevista nesta semana ao jornal O Estado de São Paulo: “Promotores e juízes ameaçam parlamentares com a Lei da Ficha Limpa, essa é a realidade. Alguém com condenação por improbidade estará inelegível. Temos que temperar a interpretação da lei, para não lastrearmos um abuso de poder. E não querem a lei de abuso de autoridade, porque praticam às escâncaras o abuso de autoridade. O que se quer é ter o direito de abusar. Um governador se submete a essa situação vexatória. Ao empoderarmos determinadas corporações, estamos dando a eles o poder que eles precisam para fazer esse tipo de chantagem”, disse Gilmar em tom inflamado.
Além de Gilmar Mendes, a Corte tem outros seis ministros. São esses magistrados que apreciarão, até o dia 18 de dezembro, o recurso a ser apresentado pelo Ministério e pela coligação do empresário Eduardo Japonês (PV), derrotado por Rosani nas urnas. Ambos pedem para que a vencedora do pleito seja impedida de assumir o cargo.
Mas, se por um lado a posição de Gilmar é um alento para a peemedebista, por outro, isso só traz vantagens para a vilhenense se houver empate na votação. O presidente da Corte normalmente só se manifesta para decidir a questão.
Fonte: Folha do Sul