Vilhenense que perdeu 65 kg fala de superação: “Por trás do obeso há uma frustração”

Após cirurgia e alimentação saudável, autoestima é recuperada
perdeu poeso hojeAos 32 anos, a bióloga Suhellen Gomes Cardoso ostenta no currículo uma vitória difícil de ser conquistada: com cirurgia, alimentação correta e muita disciplina, ela perdeu 65 dos 137 quilos que chegou a ter. Hoje, em paz com a balança, orgulha-se de olhar no espelho.
Vilhenense, passou uma década estudando no Paraná, antes de retornar à cidade, dois anos atrás. Foi justamente no período em que cursou a faculdade que Suhellen atingiu a obesidade mórbida, na qual ficou apenas cinco meses, antes de optar pela gastroplastia, a famosa “redução de estômago”.
“Perdi minha luta para a balança quando saí de vilhena para estudar em Curitiba, onde ironicamente fui cursar educação física. Longe de casa,  engordei cerca de 20 kg e, prestes a entrar no terceiro ano, decidi mudar para biologia, pois não via mais motivação para permanecer num curso em que o principal foco de trabalho é o corpo. Com isso, me formei em biologia, e algum tempo depois tive meu filho. Junto com a gravidez, veio a obesidade mórbida: 5 meses após o parto eu já estava com 137 kg, e foi aí que decidi fazer a gastroplastia”, relembra.
Após muita pesquisa, a vilhenense optou pelo médico Fábio Marques e, em 2011, “entrou no bisturi”. Em menos de 30 dias, já estava 20 kg “mais leve”. Com o passar do tempo, a perda de peso se tornou mais lenta e, então, a bióloga resolveu incluir em sua rotina a alimentação saudável e as atividades físicas.
Junto com a boa forma, Suhellen tomou gosto pelos treinos e, hoje, faz duas horas de zumba e uma hora de musculação diárias. E também desenvolveu habilidades culinárias próprias para driblar a restrição a alguns alimentos. “Crio minhas próprias receitas em cima daquilo que posso comer, faço doces fits, panquecas, tapiocas, invento recheios, e não passo vontade de nada, conseguindo assim manter meu peso, que às vezes, ainda da uma esbarrada na balança”, brinca.
AUTOESTIMA
O relato de Suhellen explica sua disciplina para não voltar à antiga forma: “A autoestima mudou quando vi que não tinha mais de duas mudas de roupa para vestir. Aos 137 kg, eu me restringia a uma calça e blusa e um vestido. Aos poucos, voltei a me olhar no espelho, voltei a sair de casa, já não me cansava com tanta facilidade, fui retomando as atividades físicas e vendo a transformação do meu corpo dia a dia. Ainda estou em mudança, as atividades físicas e a alimentação saudável me acompanharão enquanto eu puder fazê-los. Obesidade é uma doença: por trás de um obeso há sempre uma frustração, doença física ou psicológica. É preciso respeitar a limitação física de cada um, incentivar uma alimentação saudável e atividades físicas; às vezes esse é o empurrão que seu próximo precisa para sair da comorbidade”, aconselha.

Fonte: Foto: Divulgação
Autor: Folha do Sul Online

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