VILHENA – Prefeitura descumpre ordem judicial e não contrata 30 profissionais da saúde

thumb-52A Prefeitura Municipal de Vilhena, não cumpriu o prazo dado pela Subseção Judiciária do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para contratar mais de 30 profissionais da saúde para trabalharem no Hospital Regional. O prazo venceu na última sexta-feira (30). Moradores da cidade reclamam da situação e dizem que o déficit no quadro de servidores tem resultado em um atendimento lento.

“É complicado. Esta semana mesmo chegamos de madrugada e tivemos que esperar várias horas para sermos atendidos”, declarou o autônomo Kleber Rodrigues da Silva.

A determinação foi dada pela Justiça no dia 30 de agosto, após o Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO) entrar com ação civil pública denunciando várias irregularidades na unidade de saúde.

A insuficiência de profissionais foi demonstrada através de um relatório de fiscalização realizado em 2015. Com base nesse documento, foi constatado que o hospital vem atuando de maneira “extremamente precária”, sem que haja, por exemplo, enfermeiro na clínica ortopédica. A Justiça declarou que “o fato certamente compromete a qualidade do atendimento e aumenta consideravelmente a possibilidade de ocorrência de erros nos diagnósticos”.

O município então foi intimado a contratar mais de 100 servidores: deste, 81 precisam ser enfermeiros e 30 auxiliares e técnicos de enfermagem. De maneira emergencial, a unidade de saúde deveria admitir pelo menos 24 enfermeiros e nove técnicos de enfermagem até o final de setembro.

No entanto, a Prefeitura declarou essa semana que é difícil contratar mais de 30 profissionais no período determinado e que, por isso, entrou com recurso para não cumprir a decisão. O órgão ainda tem outros prazos para atingir, como empregar em 150 dias 20 enfermeiros e oito técnicos em enfermagem. No caso de descumprimento, foi estipulado multa diária de R$ 300.

Reclamação de pacientes

O autônomo Karrapicho Pereira Santos disse que a prefeitura deveria contratar mais profissionais para o Hospital Regional. “Todo mundo tem o que fazer. Ninguém vem aqui por acaso. Precisa desses enfermeiros pra ontem”, relatou.

O agente de viagens Celso Eduardo também afirmou à reportagem que o atendimento não é rápido na unidade hospitalar. “Falta agilidade. Você vem doente, com febre e fica sentado horas e horas esperando. Os minutos já são muitos, imagina horas. Para quem está doente, isso não é legal”, falou.

 

 

FONTE: G1

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