VILHENA – MP denuncia vice-prefeito, vereadores afastados e empresario por pagar R$ 102 mil

camara-de-veredor-oficialEm Vilhena (RO), no Cone Sul, o vice-prefeito Jacier Rosa Dias (PSC) e três vereadores afastados foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO) por envolvimento em esquema de corrupção para aprovação de um loteamento. O promotor de justiça, João Paulo Lopes, concluiu inquérito e ofereceu denuncia à 1° Vara Criminal do município na última semana. Caso a Justiça acolha a denuncia, todos os envolvidos passarão a ser réus.

Segundo o MP-RO, entre os anos de 2011 e 2013, os vereadores Vanderlei Amauri Graebin (PSC), Carmozino Alves Moreira (PSDC) e Antônio Marco de Albuquerque (PHS) – conhecido como Marcos Cabeludo – pediram propina a um empresário do ramo imobiliário para que a Câmara aprovasse a implantação de um loteamento na cidade.

Além dos parlamentares, um empresário também foi denunciado. O empresário aceitou e pagou cerca de R$ 102 mil em lotes direcionados para os três parlamentares. Para mascarar a transação ilegal, as propriedades eram repassadas para nome de terceiros, via contrato.

O vice-prefeito afastado se insere na denuncia, pois teria adquirido de Carmozino dois lotes pela metade do preço de mercado, ciente da origem criminosa.

Graebin, Carmozino, Marcos Cabeludo podem responder por lavagem de dinheiro e corrupção passiva; o empresário por corrupção ativa e Jacier pelo crime de receptação.

Procurados pela reportagem, os advogados do vice-prefeito e dos vereadores afastados declararam que estão cientes da denuncia, mas irão se pronunciar apenas quando analisarem com mais profundidade o teor das acusações. O G1 tentou entrar em contato com a defesa do empresário, mas não obteve êxito.

Prisão
Os três vereadores e o vice-prefeito foram presos pela PF nas últimas semanas. Jacier e Marcos Cabeludo foram detidos no dia 4 de novembro. O vereador Graebin no dia 21 de outubro. Já o vereador Carmozino no dia 22 de outubro. Em seguida, a Justiça determinou que fosse suspensa a função pública dos detidos.

Investigações da PF
De acordo com a PF, as investigações começaram quando o Ministério Público Federal (MPF) soube das irregularidades através de outras operações desencadeadas no município. As apurações apontaram que uma parcela dos vereadores participava de um esquema de aprovação de loteamentos na cidade, mediante recompensa.

Para os loteamentos serem aprovados, os parlamentares recebiam terrenos e quantias em dinheiro. Até o momento, a polícia acredita que o grupo tenha recebido mais de R$ 500 mil.

 

Fonte – G1

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