Semtram dá início a ações para impedir tráfego de caminhões nas ruas de Vilhena

Lei prevê construção de terminal para carga e descarga
bf2f438965defdcff3630001e8153359A Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran) de Vilhena trabalha na instalação das placas que definirão o quadrilátero que proíbe o tráfego de caminhões em áreas centrais da cidade.
A afixação de placas delimitando tal área é um dos primeiros passos para cumprir a Lei 4.686/2015 aprovada pela Câmara Municipal de Vilhena, que normatiza o tráfego de veículos pesados no centro da cidade. A matéria,  aprovada no ano passado, revoga a Lei 1.930, de outubro de 2005, que também tratava do assunto.
A nova lei ampliou a área de abrangência da proibição de tráfego de caminhões. A norma do ano passado também trouxe uma emenda modificativa que proíbe o estacionamento de veículos pesados em todo o perímetro urbano.
O texto da Lei 4.686/2015 prevê a construção, fora da cidade, de um terminal de carga e descarga; e a sinalização do quadrilátero onde os caminhões não poderão trafegar.
O FOLHA DO SUL ONLINE conversou com o secretário-adjunto de Trânsito,  Roccio Aires Candido, que explicou como está o trabalho de afixação das placas, como será e quem fará a fiscalização.
Logo no início da conversa, Roccio deixou claro que a administração pública é sabedora da importância dos caminhões, não apenas para Vilhena, mas para o país. “O caminhoneiro traz problemas para a cidade, mas também garante renda. Ele gasta com pneu, combustível, restaurante, peças, hotel, enfim, movimenta todo esse mercado que emprega muita gente”, disse.
Apenas cerca de seis meses após a regularização da lei é que começaram os trabalhos, e com a intervenção do Ministério Público, que oficiou a Semtran para que a área fosse delimitada. “Nós recebemos determinação do MP para o cumprimento da lei”, disse Roccio.
De acordo com Roccio, a secretaria não tem material suficiente para a feitura das placas, mas um novo lote já foi solicitado e deve chegar nos próximos dias. “Com a chegada do material, precisaremos de pelo menos 180 dias para terminar o trabalho, são muitas placas para serem pregadas”.
Segundo Roccio, cada esquina das ruas que margeiam o quadrilátero terá que receber uma placa. “Todas as ruas terão que ter uma placa, mas por enquanto nós estamos colocando nos trevos, e nas saídas da rodovia, por onde os caminhões entram na cidade”, disse.
Se a delimitação da área está em andamento, outros dois pontos que a lei prevê ainda não foram acertados. Um deles diz respeito à fiscalização, que deve ser feita pelo Pelotão de Trânsito (P-Tran) da Polícia Militar. Mas o convênio do município com a corporação não foi renovado. “Ainda não está firmado o convênio com o P-Tran, por questões puramente burocráticas, um detalhe documental, mas esperamos que num prazo curto esse acordo seja firmado e a fiscalização normalizada”, disse Roccio.
O segundo ponto parece ainda mais difícil de sair do papel, e diz respeito à construção de um terminal de carga e descarga. A lei prevê que tal ação seja realizada pelo poder público. Roccio disse que não há previsão para a construção do terminal e defende uma união entre as transportadoras, associação comercial e poder público para a realização da obra.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

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