Relator recomenda cassaçao de Cunha, Saiba quais serão as próximas etapas

Deputado Conselho eticaConfira abaixo quais serão as próximas etapas da tramitação do processo do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois da leitura do parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), que ocorreu nesta quarta-feira (1º). Marcos Rogério pediu a cassação do mandato do peemedebista, porque ele teria mentido à CPI da Petrobras ao dizer que não possui contas no exterior.

PEDIDO DE VISTA
Logo após a leitura do parecer, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), concedeu pedido de vista coletivo, que é um prazo extra de dois dias úteis para que os deputados analisem o parecer.

DISCUSSÃO
O presidente do conselho já marcou a reunião para iniciar os debates sobre o relatório. Será na próxima terça-feira (7), a partir das 9h30.

VOTAÇÃO NO CONSELHO
Em tese, a votação terá início assim que acabar a discussão. Para o parecer do relator ser aprovado, será preciso maioria simples dos 21 votos do colegiado. O presidente do Conselho de Ética só vota em caso de empate. O resultado será publicado na edição seguinte do “Diário Oficial da Câmara” – não há prazo para isso.

APROVAÇÃO
Se o parecer do relator for aprovado, abre-se prazo de cinco dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial, para a defesa de Cunha recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que poderá opinar apenas sobre aspectos formais do relatório e não sobre o mérito.

REJEIÇÃO
Se o parecer do relator for rejeitado, o presidente do Conselho de Ética terá que designar imediatamente um novo relator, preferencialmente entre os que tiverem discordado do voto de Marcos Rogério, para elaborar um novo parecer.

O novo relatório será, então, submetido à votação no colegiado. Segundo o entendimento de assessores técnicos do colegiado, não cabe novo pedido de vista nem poderá ser aberta nova fase de discussão. Uma vez apresentado o relatório, terá que ser votado.

Aprovado esse novo relatório, o resultado será publicado no “Diário Oficial da Câmara”. A partir da publicação, será aberto prazo de cinco dias úteis para a defesa de Cunha entrar com recurso na CCJ.

RECURSO
Apresentado o recurso na CCJ, o presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR),  designará um relator. Pelo Código de Ética da Câmara, a comissão terá até cinco dias úteis para colocar o recurso na pauta.

O relator apresentará seu parecer. Nesta etapa, também cabe pedido de vista antes da discussão e da votação.

A CCJ poderá opinar apenas sobre aspectos formais do relatório e não sobre o mérito.

MESA DIRETORA
Após a deliberação pela CCJ, o resultado do recurso deve ser enviado imediatamente para a Mesa Diretora da Câmara.

A decisão da CCJ terá, então, que ser lida no plenário da Câmara, e a Mesa terá prazo de duas sessões ordinárias para incluir o tema na pauta do dia.

VOTAÇÃO NO PLENÁRIO
No plenário, o parecer será lido submetido à apreciação dos deputados. Para ser aprovado, é preciso obter a maioria absoluta dos votos, ou seja, 257 dos 512 deputados (sem contar o próprio Cunha, afastado). A votação é aberta e registrada no painel eletrônico.

Há divergência, porém, sobre o que acontece se o parecer do relator for rejeitado. Em uma decisão tomada pelo então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), no caso do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), ele decidiu que, se o parecer do relator fosse derrotado no plenário, seria votada a representação original.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), encaminhou nesta terça-feira (31) uma consulta à CCJ justamente para esclarecer essa e outras questões sobre o rito.

Fonte – G1

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