Guilherme Bodanese diz confiar no trabalho da polícia
Denunciado pelo MPF junto com outras duas pessoas, acusado de fraudar medições de obras em Vilhena, o engenheiro Guilherme Bodanese resolveu se manifestar sobre o caso,publicado aqui, com exclusividade.Em texto enviado à redação do site FOLHA DO SUL ON LINE, o profissional explica os procedimentos que motivaram a denúncia e nega que tenha causado prejuízos ao município. Leia abaixo, na íntegra:
“Primeiramente gostaria de parabenizar o jornal FOLHA DO SUL pelos serviços jornalisticos prestados à população de Vilhena, pautado na ética e na informação imparcial. Desta forma, exercendo minha garantia constitucional do direito de resposta (Art. 5º, inc. V da CF), gostaria de tecer alguns comentários acerca da matéria publicada no dia 20/06/2016 com o título de “Em nova denúncia, MPF pede a condenação de ex-secretário, engenheiro e empresário”.
A matéria em questão cita que o Ministério Público Federal denunciou três pessoas, onde estou incluso, por supostas irregularidades na obra de esgotamento sanitário no Município de Vilhena/RO.Cita também que a Polícia Federal teria flagrado telefonemas entre os 3 (três) acusados pelo MPF, onde supostamente estariam combinando detalhes de fraudes na referida obra. Neste tocante, insta esclarecer que o exposto na matéria em questão está eivada de equívoco, primeiramente porque nunca combinei detalhe de fraude de nenhuma espécie com qualquer pessoa que seja. Em relaçao às investigações, existem, precisamente, 5 (cinco) ligações interceptadas entre mim e a pessoa de Gustavo Valmórbida, sendo que, constatadamente, em nenhuma delas, existe qualquer indício de “fraude”, visto que o teor das conversas telefônicas interceptadas relatam apenas o Sr. Gustavo Valmórbida me lembrando do prazo de entrega e, solicitando que seja feita a medição para, enfim, encaminharmos os devidos subsídios à Caixa Econômica Federal a fim de viabilizar a obra em questão no intuito da Prefeitura Municipal de Vilhena/RO não perder o convênio federal.
Esclarece-se, também, que todos os preços utilizados foram retirados de planilhas oficiais do governo e/ou cotações.Tratando-se de um tipo de obra incomum e, sendo TODOS os preços e planilhas aprovados pelos responsáveis da análise do projeto em Brasília/DF e em Porto Velho/RO, referidas planilhas foram elaboradas pela empresa contratada para confecção dos projetos, onde o questionamento a respeito de seus valores já foram respondido pela própria empresa contratada via ofício ao Ministério Público Federal.
Esclarece-se ainda que o procedimento utilizado na prévia da obra em questão, que culminou no fato do MPF pedir a condenação dos envolvidos na matéria, foi pelo fato de ser encaminhada uma planilha à Caixa Ecônomica Federal com o nome de Boletim Informativo de Medição, visto que a verba deste convênio fica em conta específica do banco público e, apenas é liberada referida verba, após a vistoria dos engenheiros. Como podemos verificar em qualquer esfera da Administração Pública, corriqueiramente o corpo técnico disponível é insuficiente para atender a demanda. Desta forma, invariavelmente ocorre um tempo de atraso entre o recebimento do Boletim Informativo de Medição e a vistoria no local para liberação da verba do convênio. Por tal fato, fora encaminhada à CEF planilha com a previsão dos itens que estariam prontos próximos a data da vistoria, visando garantir a agilidade na continuação das obras. É importante lembrar que a empresa executora NÃO RECEBE QUALQUER TIPO DE VALOR até que a vistoria da Caixa Econômica Federal venha ao local e aprove os itens executados. Neste passo, ocorre que os peritos da Polícia Federal estiveram no local em data muito anterior aos fiscais da CEF e, em consequência disso, encontraram serviços que ainda estavam sendo executados ou por se executar, daí advém a diferença de valores citada na matéria. Porém, durante a vistoria do corpo técnico de engenheiros da CEF, todos os itens se encontravam executados e de forma satisfatória, o que levou a aprovação TOTAL dos itens postos no Boletim Informativo de Medição, conforme comprova ofício encaminhado da Caixa para a PMV após a vistoria.
Feito os esclarecimentos, em respeito à população de Vilhena/RO, reitero meus votos de elevada estima a este Jornal informativo, e digo que, como cidadão, apoio e confio no trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em qualquer espécie de investigação que se fizer necessária, na busca incessante de uma sociedade livre das mazelas atuais, de forma que a honestidade e principalmente a justiça sempre prevaleça”.
Guilherme Bodanese
Engenheiro
