A Justiça da Espanha recebeu nesta quarta-feira a acusação formal por parte da DIS contra Neymar, a família do craque e dirigentes de Santos e Barcelona por corrupção. Nela, segundo os jornais de Madri “Marca” e “AS”, o fundo de investimento pede que o camisa 10 da Seleção seja condenado a cinco anos de prisão e fique impossibilitado de jogar futebol durante esse período. A notícia vem a público horas antes de ele ir a campo com o Barça para encarar o Celtic pela Liga dos Campeões Além disso, a empresa quer uma indenização entre € 159 e € 195 milhões (R$ 571 a R$ 700,3 milhões) por conta da transferência do jogador para o futebol espanhol em 2013. Os dirigentes do Barcelona também estão na mira da empresa, que pede oito anos de prisão para o atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, e seu antecessor no cargo, Sandro Rosell.
– Continuamos tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona. Ficamos ainda mais tranquilos porque, segundo os nossos advogados que acompanham o caso na Espanha, com a decisão do Tribunal está afastada definitivamente a responsabilidade criminal. Tal conclusão nos dá tranquilidade para seguir com nosso trabalho – disse a NN Consultoria, empresa do pai do jogador, ao se manifestar à época da reabertura do processo na Espanha, em setembro.
Além do fundo de investimento, que detinha 40% dos direitos de Neymar à época da transferência, a promotoria também pediu a condenação tanto do craque brasileiro quanto dos cartolas catalães. A pena, segundo o jornal “El Pais”, é menor: no caso de Neymar e seu pai, dois anos; de Bartomeu e Rosell, cinco. A promotoria ainda pediu uma multa de € 10 milhões (R$ 35,9 milhões) ao atleta.
No início do mês, o juiz José de la Mata aceitou a denúncia contra Neymar, seu pai e sua mãe, Nadine Gonçalves, pouco mais de um mês após o Ministério Público da Espanha solicitar a reabertura do caso – que havia sido arquivado da esfera criminal em julho. A decisão do juiz espanhol abriu caminho para que o jogador seja levado a júri, e, desde então, os promotores tinham o prazo de 10 dias para formalizar o pedido de julgamento.
A quarta seção da promotoria, que solicitou ao juiz José de la Mata a reabertura o caso em setembro, entende que houve crimes de fraude e corrupção entre os envolvidos, o que forçou a reabertura do processo criminalmente. À época, a NN Consultoria, empresa do pai do jogador, se manifestou com um comunicado negando as denúncias e dizendo que continuam “tranquilos porque todos os contratos foram firmados com respeito aos preceitos legais, éticos e morais e com a ciência do Santos Futebol Clube e FC Barcelona”.
FONTE: GLOBOESPORTE.COM