O desparecimento da adolescente Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, registrado na última quinta-feira, 20, em Cerejeiras, tem movido um grande número de voluntários, como parentes e amigos da família da jovem, a investir tempo nas buscas. Até o fechamento desta reportagem, na manhã deste domingo, 23, a garota ainda não havia sido encontrada.
Segundo revelou ao FOLHA DO SUL ONLINE um amigo da família, alguns voluntários passaram dois dias seguidos procurando por Jéssica. “Eu fiquei 48 horas sem dormir. Estou exausto. Não consigo nem sequer pensar mais”, disse. Segundo o que esse homem revelou, um dos voluntários chegou a ser internado no hospital municipal de Cerejeiras, pois passou mal com o cansaço e com a carga emocional que o caso está provocando.
Os amigos e parentes que estão nas buscas vasculharam a cidade por toda parte. “Fomos a todas as bocas de fumo, conversamos com traficantes, vasculhamos terrenos baldios, conferimos em poços, entramos em casas abandonadas, revistamos pastagens nas chácaras, entramos nas matas, conferimos nos brejos, fomos a construções abandonadas, tudo, tudo, tudo…”, escreveu o voluntário ao FOLHA DO SUL ON LINE por um aplicativo de celular. “Mas a sensação que tenho é que voltamos para a estaca zero. Não conseguimos nem uma pista dela sequer”, concluiu o voluntário, por volta das 23h45 deste sábado, 22.
Na manhã de quinta, quando desapareceu, a jovem, que sempre teve bom comportamento, saiu de casa numa bicicleta e levando o celular. Ela não havia ido à escola, pois não estava se sentindo bem e tinha saído dizendo que ia à farmácia. Depois disso, Jéssica desapareceu. O celular da jovem recebia chamadas até às 22h00 do mesmo dia do desaparecimento, mas ninguém atendia. Depois deste horário, as ligações caem na caixa de mensagem. A bicicleta da garota também desapareceu, sem pista deixar alguma.
O namorado da jovem, um rapaz que trabalha no DETRAN na cidade, também auxilia nas buscas.
A polícia investiga o caso. Segundo apurou o FOLHA DO SUL ONLINE, até mesmo membros da família da jovem foram ouvidas pelos policiais. Mas, pelo menos até o momento, as autoridades policiais não divulgaram nenhum tipo de informação que pelo menos ajude a explicar esse mistério.
Em Cerejeiras, a população acompanha o caso com preocupação e solidariedade. As igrejas fazem campanhas de orações, voluntários investem em buscas, moradores compartilham fotos e reportagens pela rede social. “Tenho vontade de receber uma notícia dizendo que tudo isso foi só uma brincadeira dela. Ainda tenho essa esperança, de que tudo vai acabar bem”, disse um amigo, que acompanha as buscas quase que interruptamente pelos últimos três dias de angústias, tristeza, aflição e questionamento.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da redação