Secretário de Saúde de Vilhena, detecta problemas e anuncia medidas duras

thumb-14Na manhã desta sexta-feira, 06, o Secretário Municipal de Saúde de Vilhena, Marco Aurélio Blaz Vasques, reuniu a imprensa em seu gabinete e relatou em que pé se encontra a Pasta que ele acaba de assumir na cidade. Antes de aceitar comandar a Saúde vilhenense, que considera “um desafio profissional”, Vasques dirigiu o Hospital Regional de Cacoal.

De acordo com o secretário, pela a situação em que se encontra a Semusa, caberia até a decretação de situação de emergência ou de calamidade pública. “Existe uma deficiência de médicos para a escala do Hospital Regional, existe uma deficiência de medicamentos, deficiência de material pênsil e de insumos”, disse.

Vasques apontou ainda não haver nenhum tipo de controle no setor de farmácia e de almoxarifado como um todo. Segundo ele, a compra do medicamento é feita, o medicamento entra na farmácia hospitalar e vai sendo dispensado sem nenhum controle.

O secretário argumentou que o cabível pedido de emergência foi descartado pela prefeita Rosani Donadon (PMDB), nas palavras dele, “para não dar margem a interpretação de que a administração Donadon estaria se utilizando de mecanismos de dispensa de licitação para aquisições diferentes do real objetivo, que é botar máquina para funcionar”.

Vasques revelou que o município tem duas unidades de saúde funcionando em imóveis sem contratos de locação. “O cúmulo de falta de planejamento ao longo dos anos deixou a secretaria numa situação ruim, complicada. E adianto que nós não vamos assumir nenhum ato irregular da gestão anterior; quem alugou sem contrato, quem vendeu na boa fé, não vai receber. Se quiser receber, pode procurar a justiça”, disse.

Questionado sobre a dívida da Pasta, Vasques pontuou que existem dois números e explicou que o primeiro deles é zero. “Não devemos nada, porque eu não vou pagar nada que não estiver empenhado. Se existir qualquer dívida, não é problema meu, é problema do fornecedor que vendeu sem a garantia de recebimento”, argumentou. Já o segundo número seria a dívida futura, que está prevista em R$ 10 milhões. “Esse valor é o furo do orçamento de 2017, então,  no final de dezembro de 2017, se eu continuar em Vilhena, vou ser entrevistado de novo e  poder te dizer: olha, esta dívida eu consegui acabar com ela, ou ela está consolidada em R$ 5 milhões e nós vamos planejar o pagamento para 2018. Porque eu espero que quando a prefeita Rosani Donadon terminar seu mandato, no último ano, ela não precise entregar a administração como foi entregue agora em 2016”.

Vasques enumerou como prioridades: a compra de remédios, a contratação de médicos e o pagamento dos servidores, o que ele almeja alcançar em uma semana. “Junto com isso,  também podemos inserir a compra de reagentes para o laboratório e a aquisição de combustível”.

Nos primeiros dias de sua gestão frente a Semusa de Vilhena, afim de conhecer melhor sua Pasta, o secretário assinou três portarias nomeando comissões para realizar levantamentos nos setores patrimonial, financeiro, e no recadastramento in loco dos servidores. “Com o retrato patrimonial, financeiro e dos servidores públicos, a gente poderá agir com conhecimento de causa”, disse.

Vasques defendeu que a UPA 24 horas é ponto importante para a normalização da saúde vilhenense. E deu prazo de seis meses para a inauguração da unidade, que será a porta de entrada dos pacientes de urgência e emergência, desafogando o Hospital Regional.

 
Fonte: Folha do Sul
Autor: Da Redação

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