A Polícia Civil encerrou as investigações da Operação Metástase, que apura suspeita de corrupção na administração de Chupinguaia.
As diligências apontam que há possibilidade de participação do prefeito Vanderlei Palhari nas fraudes ocorridas em licitações realizadas no Município.
Fontes da PC afirmam que foi recomendado ao Poder Judiciário promover o afastamento do Chefe do Executivo da função até que se esclareça a questão.
Deflagrada em maio passado, a investigação tem como um dos principais operadores da fraude o ex-secretário municipal Aparecido Alves dos Santos, que chegou a ficar preso preventivamente por vários dias, mas conseguiu habeas corpus no início deste mês.
O esquema contava com participação de uma empresa construtora de Nova Brasilândia, que pertence a uma irmã de Aparecido, e foi responsável por várias obras na cidade através de licitações forjadas. Na verdade quem vencia a licitação era outra firma, de Vilhena, mas quem executava os serviços, com preços superfaturados, era a construtora A.L. Moraes e Santos, da parente do ex-secretário.
Já está confirmado que o esquema funcionou em pelo menos duas obras de construção de barracão e reformas em escolas do Município. Um aspecto pitoresco da situação: os investigados chegaram a subcontratar uma outra empresa vilhenense para construir um barracão numa escola, negócio fechado por R$ 17,5 mil e pago com um cheque sem fundos. Em contrapartida, eles receberam quarenta mil reais da prefeitura pelo serviço. Nas duas licitações supostamente forjadas o valor total dos contratos chegou a R$ 134 mil.
Testemunhas e documentos apresentados confirmam que nessa negociação estavam envolvidos o prefeito Vanderlei Palhari, o chefe da Comissão Permanente de Licitações do Município e Aparecido Alves dos Santos.
Por ter foro privilegiado em função do cargo que ocupa, a Polícia Civil encerrou as investigações acerca do prefeito, mas no encaminhamento do inquérito a Justiça frisou a necessidade do afastamento de Palhari do cargo, além de servidores municipais que podem estar implicados com o esquema.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia/Arquivo