Em entrevista para o programa Bastidores da Notícia (Positiva FM), padre fala sobre celebrações referentes à Semana Santa encerrando no domingo de Páscoa
A Semana Santa, também conhecida como “Grande Semana”, ou “Semana Maior”, é a última semana da Quaresma, que é o tempo de preparação para a celebração do Mistério Pascal, paixão, morte e ressurreição, de Jesus Cristo, e tem início com a celebração do Domingo de Ramos e termina com a celebração da Santa Missa Crismal, que também é conhecida como Missa dos Santos Óleos.
Em entrevista ao jornalista Ribamar Araújo durante o programa Bastidores da Notícia (Positiva FM), o padre Flávio Melchior da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora falou sobre o sentido da Páscoa e as celebrações da Semana de Páscoa em Vilhena.
Segundo o padre toda a profundidade teológica na liturgia da Semana Santa vem dos primórdios do catolicismo e serve para preparar os fiéis à viver o Mistério Pascal de Cristo, que é celebrado no “Tríduo Pascal”, do qual fazem parte a Santa Missa da Ceia do Senhor na quinta-feira, as funções da Sexta-feira da Paixão, o Sábado Santo, a Vigília Pascal, e o Domingo de Páscoa, ou da Ressurreição.
O padre ressaltou que toda a quaresma, da qual faz parte a Semana Santa, tem como finalidade a preparação para a celebração da Páscoa do Senhor, do Domingo da Ressurreição de Jesus Cristo, que se estende por todo o Tempo Pascal e termina com a Celebração da Solenidade de Pentecostes. Estes cinquenta dias, que vai desde de Domingo da Ressurreição, à Pentecostes, também são conhecidos como Quinquagésima Pascal.
No domingo, 20, a celebração foi a “Domingo da Paixão”. O padre explicou que no Novo Missal Romano passou a chamar-se Domingo de Ramos por causa da procissão de entrada, que recorda a chegada triunfal de Jesus em Jerusalém, esta é a abertura solene da Semana Santa e foi realizada em todas as igrejas católicas de Vilhena. O Domingo de Ramos é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus Cristo passava montado num jumento. A finalidade desta celebração é a preparação imediata para a Páscoa, por isso, no Domingo de Ramos se proclama o Evangelho da paixão de Jesus Cristo.
Ele relatou que, depois da celebração de domingo existe uma sequência de celebrações, cada uma com seus respectivos significados, sendo elas Segunda, Terça e Quarta-feira Santas que são missas celebradas com base nos textos bíblicos sobre a salvação.
Quinta-feira Santa, 24: Nessa missa, também conhecida como Missa do Crisma, nela são abençoados o óleo dos Catecúmenos e o óleo para a unção dos enfermos. São realizadas pela manhã por Bispos e Sacerdotes que consagram o óleo do Crisma. A liturgia da quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue, que é também lembrado por Jesus na Santa Ceia.
Sexta-feira da Paixão, 25: Este é marcado pela recordação da Morte de Jesus Cristo. É o único dia que não se celebra a Missa e não há consagração das hóstias. Os fiéis se reúnem para celebrar a paixão e a morte de Cristo com a procissão que acontece às 19h da Comunidade Nossa Senhora Aparecida para a Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, com o encontro do Senhor dos Passos com a Nossa Senhora das Dores. A procissão segue pela avenida Capitão Castro, no Centro de Vilhena. A sexta-feira da Paixão também
Sábado Santo, 26: neste dia a missa realizada às 19h é do Sagrada Família que tem a finalidade de compreensão e oração. Segundo o padre este é o período que acontece a vigília pascal, que é celebrada depois do anoitecer do sábado Santo e antes do amanhecer do domingo da Ressurreição, as celebrações acontecerão em todas as comunidades da cidade. No sábado Santo, também são feitos confissões nas comunidades, São José, Santa Lúcia Fillippini e Santo Expedito.
Domingo de Páscoa, 27: Neste domingo de páscoa é celebrado a Ressurreição de Cristo. De acordo com o padre Flávio, é através da sua ressurreição que Jesus prova que a morte não é o fim e que ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. Em Vilhena serão celebradas missas festivas durante todo o domingo em todas as comunidades.
Ribamar Araújo e Karen Dancker
Foto: Pereira/Ribamar Araújo