Idoso desiste de morar em sítio após ter propriedade saqueada mais de 10 vezes

1Apos morar 12 anos em um sítio a dois quilômetros da cidade de Vilhena (RO), no Cone Sul de Rondônia, um aposentado de 60 anos decidiu abandonar a vida na roça por medo da violência. Segundo Genésio Mazzutti, a propriedade dele já foi furtada e saqueada mais de 10 vezes por criminosos nesse período.

No último caso, neste mês de março, toda mobília, roupas e calçados foram levados enquanto ele viajava. “Se eu ficar aqui, corro risco de vida. Estou numa corda sem ponta. Não tem mais jeito”, diz Genésio Mazzutti.

Ao G1, Genésio conta que é divorciado e mora sozinho no sítio. O último furto, dos três que já sofreu este ano, aconteceu no início de março. Ele estava fazendo tratamento de coluna em Porto Velho, quando criminosos invadiram a propriedade, levaram toda a mobília da casa, eletrodomésticos, máquinas, ferramentas agrícolas e cerca de 80 galinhas.

O único veículo que tinha para ir a cidade, uma bicicleta, também foi furtada. Nem mesmo suas roupas e calçados escaparam das mãos dos criminosos.

O aposentado soube do ocorrido depois de receber um telefonema de um amigo. A vítima conta que interrompeu o tratamento na capital e voltou imediatamente para o sítio.

Ao chegar em casa ele se deparou com a porta da casa de madeira arrombada e as janelas de ferro todas abertas. Não havia mais nada, a não ser o cachorro vira-lata, chamado de Lupi.

“Coloquei o sítio a venda e estou ficando na casa da minha namorada e de amigos. Tenho medo de voltar. Não quero mais morar aqui”, confessou o idoso, emocionado.

Polícia
A Delegacia de Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência e investiga o caso. Segundo a unidade, furtos em propriedades rurais acontecem com frequência no município.

No caso de Genésio, que passa períodos longos fora do sítio por causa de problemas de saúde, está mais vulnerável a ação criminosa, diz a polícia.

“A investigação se concentra agora em localizar os objetos. Pedimos para que a população repasse qualquer informação que possa nos ajudar pelo número 197″, ressaltou o agente da Sevic, José Dorivaldo Nascimento Santos.

Fonte – G1-RO

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