Muitos motoristas de Porto Velho estão reclamando do alto valor cobrado pelos exames toxicológicos de “larga janela” e obrigatório desde o dia 2 de março para quem quiser obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E.
A obrigatoriedade consta na resolução 517 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Rondônia o exame também está sendo exigido. O valor cobrado varia de R$ 335 a R$ 400.
Segundo Andréia Juliane Amaral, diretora interina da Diretoria de Habilitação e Medicina do Trânsito, o Denatran credenciou as clínicas médicas, mas o exame não é feito em Rondônia. “Os laboratórios aqui colhem o material e tudo é lançado por Brasília, inclusive o resultado. São pelo menos 30 dias e por isso o motorista precisa se programar ainda mais, se ele tem função remunerada”, afirma Andréia.
Com categoria D, o motorista Adalberto Mota do Nascimento diz que dirige há 10 anos e não confia no resultado do exame. “É um absurdo o valor. A iniciativa é boa, mas não serve. Se o cara ficar três meses sem usar rebite ele não vai ser pego. Na verdade, só querem tirar dinheiro da gente”, diz o motorista que trabalha com frete em Porto Velho.
Já o motorista Marcos Fonseca Nogueira possui categoria D e até acredita na eficácia do exame, que pode coibir alguns maus motoristas. “Se fosse um exame mais barato seria muito bom. Mas com esse valor, parece que eles querem apenas arrumar mais um jeito de levar nosso dinheiro. Já levam na taxa do Detran, no IPVA e agora mais essa”, desabafa.
Entre as clínicas credenciadas pelo Denatran, o Rondoniagora fez um levantamento de preços e constatou que, além do alto preço, o tempo para renovar a habilitação salta de um dia para até 45 dias.
FONTE: Rondoniagora
