A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Vilhena tomou conhecimento através de denúncia anônima de casos de biópsias coletadas em 2014 e 2015 no Hospital Regional que não foram submetidas a análise e nem devolvidas aos pacientes.
Segundo a diretora da unidade, Graziele Jacob, os tecidos foram devolvidos por um laboratório após um corte de convênio do governo do Estado ainda em 2015 para o HR e estão lá armazenados desde então.
A coleta ocorre após pequenas cirurgias e é um procedimento rotineiro. Especialistas explicaram que em 80% dos casos o resultado desses exames não apresentam alterações.
Por não haver este serviço disponível no município, um convênio do governo com a prefeitura possibilitava a realização das análises anatopatológicas de materiais diversos através do laboratório São Luís.
Em junho de 2015, o Estado informou o corte do convênio e logo após as coletas que já haviam sido enviadas retornaram para o hospital de Vilhena, onde ficaram “abandonadas” por muito tempo. Graziele disse que em casos como estes, o material deveria ser entregue ao paciente ou à família, mas este procedimento não foi realizado.
A diretora considerou o caso absurdo e disse que entrará em contato com cada um dos pacientes das biopsias que não foram feitas e tomará providências, devolvendo-as aos donos ou enviando-os novamente para análise.
O secretário Marco Aurélio Vasques informou que abrirá sindicância para que seja apurada toda a situação e negou qualquer possibilidade de incineração ou descarte dos materiais. “A determinação da prefeita Rosani Donadon é solucionemos todos os casos como este, já que há uma nova gestão se iniciando e a prioridade é reestruturar a saúde do município tratando bem todos os pacientes e acelerando procedimentos como o de biopsia que não podem de maneira alguma ficar sem resultado”, encerrou.