Bebê morre após engasgar com leite e pais acusam falha no atendimento no hospital Regional

thumb (24)Os pais de uma bebê recém-nascida que morreu após se engasgar com leite estão disposto a processar o Hospital Regional de Vilhena, por acreditarem que houve falha no atendimento à criança. De acordo com Nilvane Oliveira, mãe da pequena Nicoly Beatriz Oliveira de Souza, que tinha apenas 9 dias de vida, na noite de quinta-feira, 09,ela notou que a menina havia se engasgado após ser amamentada.

Preocupada com a aparência da menina, que estava com os batimentos acelerados, os familiares da garotinha procuraram ajuda médica em seguida. No pronto atendimento do HR, um clínico geral examinou a recém nascida e teria dito que foi “apenas um susto”. Após receitar medicamento para conter o refluxo, a família retornou para casa. Quando chegaram, perceberam que a criança não se movia normalmente e votaram ao hospital.
Assustada com o quadro da criança, a mãe pediu que fosse feito o atendimento especializado. No entanto, para fazer o internamento na UTI Neonatal era preciso que o clínico fizesse o encaminhamento e os pais discordaram do procedimento, apressando a consulta com uma pediatra, que conforme explica Nilvane, fez os procedimentos necessários. “O erro foi no início. Levaram na brincadeira”, disse a mãe em relação à recepção no setor de emergência.
Nicoly Faleceu às 12h40 de sábado, 11. Os pais acreditam que houve negligência e estão dispostos a apurar o caso, principalmente após tomarem posse da certidão de óbito, o qual aponta que a criança morreu vítima de “broncoaspiração” como conseqüência de “hepatite infecciosa”.
O mais estranho é que, segundo a mãe, a criança tinha saído do hospital há poucos dias e não tinha nenhum conhecimento do quadro clínico que teria causado a morte. A mãe mostrou imagens da garotinha e explicou que “ela era forte e saudável e não apresentava nenhum sintoma de que estava doente. Tanto que após o nascimento, vários exames são realizados e realmente me surpreende o porquê dessa doença aparecer assim”, disse a mãe, que discorda do laudo médico.
O OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com o diretor do hospital, Wagner Wasczuk, que tinha acabado de confirmar a morte da criança na tarde de sábado. Ele declarou que entendia a revolta dos pais pela perda, mas que acompanhou o caso e os procedimentos, segundo afirma, foram realizados normalmente. Confirmou ainda que, mesmo com estrutura para fazer o atendimento, era a vontade dos pais encaminhar a bebê para outra unidade. “Tentamos localizar vagas em Porto Velho, mas não foi possível. Uma equipe médica esteve o tempo todo dedicando atenção devida”, garante.

Fonte: Folha do Sul

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