O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) denunciou o prefeito afastado de Vilhena (RO), José Luiz Rover (PP), e mais três ex-servidores pelos crimes de organização criminosa e peculato na prefeitura de Vilhena (RO), distante 700 quilômetros de Porto Velho, nesta semana.
Segundo o procurador-geral do MP-RO, Cláudio Wolff Harger, foram desviados entre 2010 e 2016 mais de R$ 700 mil da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). O dinheiro era utilizado para pagar dívidas pessoais de publicidade e propaganda do prefeito, inclusive servindo para pagamento de ‘mesadas’ à imprensa local para manter sua imagem para fins de promoção pessoal.
“A organização criminosa era composta pelo prefeito, pelo ex-secretário de comunicação, José Luiz Serafim, o ex-secretário de governo, Gustavo Valmórbida e pelo ex-assessor de integração governamental, Severino Miguel de Barros Júnior. As investigações apontaram que José Luiz Rover e Gustavo comandavam o esquema”, disse Harger.
A denúncia foi apresentada ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), pois o prefeito, mesmo afastado da função pública, possui foro privilegiado. Caso o TJ aceite, ele se torna réu em processo.
A reportagem tentou contato com os advogados dos denunciados. O advogado de Valmórbida, Roberto Mailho, declarou que só irá se posicionar após conhecer o teor da denuncia. “Não fomos notificados ainda, então não podemos falar sobre o caso”, explicou.
O advogado que defendeu José Luiz Serafim e Severino Miguel de Barros Júnior em outros processos disse que não sabe se atuará no caso, pois os ex-servidores ainda não entraram em contato com ele. A reportagem não conseguiu contato com o advogado de José Luiz Rover.
Prisão do prefeito
As provas contra a autoridade foram colhidas durante desdobramentos da Operação Stigma e da Operação Ficus. Com as informações levantadas, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Áugias e prendeu na manhã do dia 10 de novembro o prefeito de Vilhena, José Luiz Rover, além de cumprir mandado de busca e apreensão na casa e no gabinete dele.
Com informações do G1
